Constantino: ‘Agora é para comemorar que o governo não comprou a vacina?’

Ministério da Saúde (MS) anunciou, nesta terça-feira, 29, que vai suspender temporariamente o contrato da vacina Covaxin. A decisão foi tomada após recomendação da Controladoria Geral da União (CGU). Em nota, a pasta afirmou que a análise preliminar da CGU não encontrou irregularidades no contrato. No entanto, o órgão optou por fazer uma análise mais aprofundada. “A medida não compromete o ritmo da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil, já que não há aprovação da Anvisa para uso emergencial nem definitivo do imunizante”, disse o Ministério da Saúde. A suspensão do contrato da Covaxin ocorre após o depoimento do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, Luis Ricardo Miranda, servidor da pasta, na CPI da Covid-19. Os dois apontaram supostas irregularidades na compra da vacina e disseram ter avisado o presidente Jair Bolsonaro.

Durante sua participação do programa 3 em 1, da Jovem Pan, o comentarista Rodrigo Constantino falou sobre a decisão, dizendo que não se tratava de uma “confissão de culpa” e questionando se irão comemorar que o governo federal não comprou doses da vacina. “Agora já é para comemorar ‘não comprar a vacina’. Isso não é confissão de culpa coisa alguma, isso é pressão porque estão com os holofotes. O preço praticado, que é o mesmo preço de tabela mundial, mais de dez países praticaram, que é em torno de US$ 15 dólares a dose, é similar, também, ao que está chegando a CoronaVac.  […] Então, veja que coisa, agora vamos comemorar a vantagem da CPI porque interrompeu compra de vacinas”, disse Constantino. Em seguida, o comentarista falou sobre a aquisição da CoronaVac, questionando a qualidade do imunizante. “Quero saber o seguinte, é para parar de comprar a CoronaVac também, que parece meio questionável a eficácia, parece meio ‘xing-ling’, tem primeiro-ministro italiano atacando, tem matéria no ‘New York Times’ falando que 90 países apostaram nas vacinas chinesas e tiveram problemas, que passou raspando na eficácia da Anvisa e custa caro? […] É difícil acompanhar essas narrativas que mudam ao sabor do dia”, concluiu.

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