Reativado como hospital de campanha, AME Campinas atua com lotação máxima
Reativado há três semanas como hospital de campanha para atendimento de pacientes da região com o novo coronavírus (Covid-19), o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Campinas tem trabalhado com lotação máxima. Até o momento, foram atendidos 47 pacientes no local.
O espaço conta com 25 UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e cinco leitos de enfermaria. Os leitos foram ativados gradualmente entre os dias 25 e 31 de março.
O hospital de campanha é referência para 42 municípios que fazem parte do DRS (Departamento Regional de Saúde) 7, que inclui as regiões de Campinas, Bragança Paulista e Jundiaí. O departamento regional tinha 86% dos leitos ocupados nesta quinta-feira.
Segundo o diretor médico do AME Campinas, Pedro Tenório, o hospital tem trabalhado com capacidade máxima.
“Temos pacientes de todas essas regiões internados no AME, ele tem tido um papel importante, são 25 leitos de UTI que estão fazendo toda a diferença para a região. Temos visto no AME que assim que disponibiliza o leito ele é utilizado, tem trabalhado com rotatividade alta. Tão logo sai o paciente de alta, já interna outro”, revelou o médico.
O encaminhamento para o hospital de campanha é realizado por meio do sistema Cross (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde), do governo estadual.
Especialidades atendiam 5,8 mil por mês O AME Campinas foi inaugurado de forma antecipada no ano passado para atender a primeira onda da pandemia. Entre abril e setembro, ele funcionou exclusivamente para pacientes com coronavírus.
Com a redução nas internações pela doença, ele passou a atender especialidades médicas, cumprindo sua função original. Ele estava realizando 5,8 mil atendimentos, 300 cirurgias de grande porte e 300 cirurgias de pequeno porte por mês.
Em março, o governo de São Paulo decidiu que ele voltaria a funcionar como hospital de campanha em função do recrudescimento da pandemia e a pressão sob o sistema de saúde.
“Sempre é um desafio montar um hospital de campanha e já tínhamos uma operação que estava funcionando”, contou o diretor médico do AME Campinas.
Ele explicou que os pacientes que estavam em tratamento que demandavam prioridade foram encaminhados para a Secretaria de Estado da Saúde. Os que não eram urgentes foram colocados em fila de espera.
“É uma preocupação nossa. Temos um planejamento que tão logo que a demanda pelo AME não seja necessária (para a pandemia), haverá uma retomada gradual focada em atender todos os nossos pacientes aguardando e aqueles que estão esperando para passar pela primeira vez, para atender todo mundo o mais rápido possível”, finalizou Pedro Tenório.