Ibovespa volta aos 119 mil pontos com perspectiva de avanço das pautas econômicas
Novos presidentes do Congresso se comprometem com agenda de reformas e vacinação; Bolsonaro entrega lista com 35 prioridades para o governo
O mercado brasileiro manteve o viés de alta nesta quarta-feira, 3, com a expectativa dos investidores pelo avanço das pautas econômicas no Congresso após a eleição dos presidentes apoiados pelo governo federal. O ânimo foi reforçado depois da declaração conjunta do deputado Arthur Lira (PP-AL) e do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) enfatizando o comprometimento com medidas que fortaleçam a economia e melhorem o ambiente de negócios no país. Os novos presidentes também receberam de Jair Bolsonaro (sem partido) uma lista com 35 itens prioritários ao Executivo, incluindo a agenda de reformas, privatização da Eletrobrás e aprovação de marcos regulatórios. Com este cenário, a Bolsa de Valores retomou aos 119 mil pontos pela primeira vez desde o dia 20 de janeiro. O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o pregão com avanço de 1,26%, aos 119.724 pontos. O índice fechou a terça-feira, 2, com alta de 0,61%, somando 118.233 pontos. O cenário doméstico também fez o dólar operar em baixa durante toda a manhã, mas mudou para com tensões internacionais que desvalorizaram moedas emergentes ao redor do globo. A divisa norte-americana fechou o dia com alta de 0,28%, a R$ 5,370. A moeda chegou a bater máxima de R$ 5,393, enquanto a mínima não passou de R$ 5,322. O dólar fechou a véspera com queda de 1,74%, cotado a R$ 5,354.
Na pauta doméstica, o mercado ainda analisa as vitórias dos candidatos do governo para o comando do Legislativo. Pela manhã, os novos presidentes da Câmara e do Senado divulgaram uma carta manifestando apoio a uma série de pautas encaminhadas pelo Ministério da Economia para alancar o crescimento do país. Entre as medidas, se destacam o comprometimento com as reformas tributária e administrativa, e com as PECs Emergencial e do Pacto Federativo. Apesar do otimismo com a renovação do comando do Congresso, economistas e analistas do mercado afirmam o ímpeto reformista dos novos presidentes pode ser menor do que o tamanho das necessidades do país. Os parlamentares também se reuniram Bolsonaro e receberam das mão do inquilino do Alvorada uma série de indicações. Além das demandas da economia, a lista contém matérias como flexibilização para o porte e compra de armas, revisão de leis sobre drogas e liberação do ensino doméstico. No noticiário internacional, investidores acompanham as negociações para a aprovação do pacote de US$ 1,9 trilhão de estímulos para a economia dos EUA. A Casa Branca anunciou nesta quarta-feira que não haverá reduções no valor, a despeito da pressão de congressistas para desidratar os benefícios.