Morre aos 93 anos Silvio Santos, o maior comunicador da televisão brasileira

Silvio Santos, ícone da televisão brasileira e uma das figuras mais carismáticas do entretenimento nacional, morreu neste sábado (17) aos 93 anos. O apresentador estava internado no Hospital Albert Einstein. A informação foi confirmada pelo SBT nas redes sociais. “Hoje o céu está alegre com a chegada do nosso amado Silvio Santos. Ele viveu 93 anos para levar felicidade e amor a todos os brasileiros. A família é muito grata ao Brasil pelos mais de 65 anos de convivência com muita alegria”, escreveu. “Para nós, o Senor Abravanel é ainda mais especial e somos muito felizes pelo presente que Deus nos deu e por todos os momentos maravilhosos que tivemos juntos. Aquele sorriso largo e voz tão familiar será para sempre lembrada com muita gratidão. Descansa em Paz que vc sempre será eterno em nossos corações”, acrescentou.

A notícia marca o fim de uma era para a TV brasileira e deixa um legado na cultura popular do país. Nascido Senor Abravanel em 12 de dezembro de 1930, Silvio começou sua carreira como apresentador de rádio antes de se tornar uma das maiores estrelas da televisão. Conhecido por seu carisma único, estilo irreverente e inigualável habilidade em cativar o público, ele construiu um império midiático que inclui o SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), uma das maiores redes de TV do Brasil. Ao longo de sua carreira, Silvio Santos apresentou e produziu diversos programas de sucesso, incluindo “Programa Silvio Santos”, que se tornou um dos pilares da televisão brasileira. Seu estilo de apresentação, que misturava humor, interatividade e uma presença de palco marcante, encantou gerações de espectadores e transformou o entretenimento televisivo.

Além de seu trabalho na televisão, Silvio Santos também foi um bem-sucedido empresário e filantropo. Sua dedicação ao trabalho e sua paixão pelo entretenimento foram reconhecidas com inúmeros prêmios e homenagens ao longo dos anos. O Homem do Baú já foi tema de samba-enredo da escola de samba carioca Tradição, candidato à Presidência da República em 1989 (teve a candidatura cassada posteriormente) e, mais recentemente, personagem de uma série da Disney+. Ele deixa um legado que vai além da televisão: foi um símbolo de inovação e criatividade no mundo do entretenimento. Sua capacidade de se reinventar e de manter-se relevante ao longo das décadas é um testemunho de seu talento e de sua conexão profunda com o público. Silvio Santos deixa esposa, Iris Abravanel, e quatro filhas, além de uma legião de admiradores que nunca esquecerão o impacto que ele teve na televisão e na vida de tantos brasileiros.

 

 

 

 

Velório de Silvio Santos não será aberto ao público

A família do icônico apresentador Silvio Santos anunciou que ele optou por um sepultamento de acordo com as tradições judaicas, sem a realização de um velório público. Silvio Santos morreu neste sábado (17), em São Paulo, aos 93 anos, deixando um legado marcante na televisão brasileira. De acordo com o rito judaico, o enterro é realizado de forma simples, sem ostentação, flores ou enfeites, refletindo a crença na igualdade entre todos os seres humanos. A prática não permite a exibição do corpo em caixão aberto, pois isso é considerado uma falta de respeito ao falecido. O corpo é coberto com um lençol e sepultado em uma mortalha branca, que é simples e despojada. Em nota, a família disse que o apresentador expressou em vida o desejo de uma cerimônia discreta quando morresse. “Queremos dizer para vocês que por muitas vezes, ao longo da vida, a medida que nosso pai ia ficando mais velho, ele ia expressando um desejo com relação à sua partida. Ele pediu para que assim que ele partisse, que o levássemos direto para o cemitério e fizéssemos uma cerimônia judaica. Ele pediu para que não explorássemos a sua passagem. Ele gostava de ser celebrado em vida e gostaria de ser lembrado com a alegria que viveu. Ele nos pediu para respeitarmos o desejo dele. E assim vamos fazer”, diz comunicado enviado pelos herdeiros.

Um aspecto importante desse ritual é a lavagem do corpo antes do sepultamento, que simboliza tanto a purificação quanto uma homenagem. Essa tradição é um momento significativo para a família e amigos, que se reúnem para prestar suas últimas homenagens de maneira respeitosa. O sepultamento deve ser realizado o mais rapidamente possível, preferencialmente no mesmo dia da morte, exceto em casos de Shabat, quando os enterros não são permitidos. A crença judaica sustenta que adiar o sepultamento é desrespeitoso, pois se acredita que a alma do falecido só encontra descanso após a cerimônia de sepultamento.

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