Setor de bares e restaurantes vê positivamente a manutenção da Região Metropolitana na fase amarela
Para a Abrasel, a volta da região para a Fase Laranja, na qual bares e restaurantes só podem funcionar em sistema de delivery e drive thru (sem atendimento presencial), representaria o colapso do setor. Este modelo de venda representa cerca de 20% do faturamento dos estabelecimentos.
– Apesar do momento difícil pelo qual passa o setor de bares e restaurantes, com queda de 60% nas vendas em 2020 e as fortes restrições provocadas pelo fechamento nos dois últimos finais de semana em dezembro, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Região Metropolitana de Campinas (Abrasel RMC), recebeu com alívio a manutenção da região na Fase Amarela do Plano São Paulo. Nesta classificação, que já estava em vigor desde o inicio de dezembro, os estabelecimentos podem funcionar até 20h (bares) e 22h (restaurantes) e limite de capacidade de 40% da casa.
Para a Abrasel, a volta da região para a Fase Laranja, na qual bares e restaurantes só podem funcionar em sistema de delivery e drive thru (sem atendimento presencial), representaria o colapso do setor. Este modelo de venda representa cerca de 20% do faturamento dos estabelecimentos.
Somente na RMC o segmento contabilizou o encerramento das atividades de 4,2 mil estabelecimentos durante a pandemia e cerca de 15 mil demissões. No Brasil, a Abrasel contabiliza 300 mil negócios fechados, dos quais 90 mil em todo o Estado de São Paulo, e 1,5 milhão de empregos perdidos. Com o aumento das restrições, a entidade calcula que de 20% a 30% dos bares e restaurantes iriam colapsar em caso de outro lockdown.
Além das perdas acumuladas ao longo de 2020 com as restrições, o setor sofreu ainda mais em dezembro, mês de maior volume de vendas e faturamento, com as festas de Natal e Réivellon. Estas vendas ajudam no pagamento de contas de janeiro, como salários, 13º salário do pessoal, impostos e o pagamento das parcelas de auxílio concedido pelo Governo Federal para manutenção dos empregos e dos próprios estabelecimentos, que começam a ser cobradas neste mês de janeiro.
Uma pesquisa realizada nesta semana, junto aos associados em todo o Brasil, mostra o tamanho dos estragos com o fechamento nos dois últimos finais de semana de dezembro: 70% das empresas do setor está com o Refis em atraso, 20% não conseguiu ainda quitar o 13º de seus funcionários, 20% está com os impostos em atraso e 70% espera a prorrogação da ajuda do governo federal para não fechar as portas.