‘Bolsonaro foi honesto; Brasil está quebrado e não é só pela pandemia’, diz Ana Paula Henkel

Para a ex-jogadora de vôlei e comentarista do programa Os Pingos Nos Is, governo recebeu ‘país estraçalhado depois do legado de 13 anos de administração petista’

Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada nesta terça-feira, 5, o presidente Jair Bolsonaro lamentou a condição atual da economia brasileira e disse que o “Brasil está quebrado”. Para ele, a responsabilidade é da pandemia da Covid-19 e da imprensa, que faz um “trabalho incessante de tentar desgastar” a imagem dele, para retirá-lo do poder. “Chefe, o Brasil está quebrado, eu não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela do imposto de renda, teve esse vírus, potencializado por essa mídia sem caráter que nós temos”, respondeu, ao ser abordado por um idoso. Segundo Ana Paula Henkel, comentarista do programa Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan, o presidente “está em uma posição muito complicada”.

“Achei ele [Bolsonaro] um pouco abatido… Entendo também, acho que está em uma posição muito complicada, porque não tem o controle da mídia militante, que faz grande parte do tecido jornalístico. Não adianta o que ele, ou seus ministros, falem e façam, serão criticados. Ele foi honesto, o país está quebrado e não apenas por causa da pandemia. Essa administração recebeu um legado de 13 anos de administração petista, onde foi entregue um país estraçalhado”, disse a ex-jogadora de vôlei, que também cobrou “um debate honesto” sobre a reabertura da economia, para que o Brasil sobreviva, “com ou sem Bolsonaro”.

O também comentarista Guilherme Fiuza afirmou que “não sabe se as palavras” usadas pelo presidente “foram corretas”. Porém, concordou com o sensacionalismo da mídia ao expor a pandemia de forma “alarmista” e criticou a falta de perspectiva da retomada da vida em sociedade. “Lockdown sem critérios definidos não é nada, é muito nocivo para a vida das pessoas. As perspectivas econômicas ainda não estão claras, porque o tipo de interrupção em uma série de atividades é sem precedentes”, completou. Já Paulo Figueiredo citou o déficit primário brasileiro, que deve ser de R$ 237,3 bilhões em 2021. “Não adianta o presidente tapar o sol com a peneira… Dizer que o Brasil está quebrado não é a declaração mais estratégica sendo que ele é o capitão do navio. Mas não dá para dizer que ele não tenha descrito a realidade de forma perfeita, apesar de que não querer dourar a pílula”, disse o comentarista.

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