Leilão do Trem Intercidades Eixo Norte entre São Paulo e Campinas
A C2 Mobilidade sobre Trilhos (consórcio liderado pelo Grupo Comporte) venceu o leilão do TIC (Trem Intercidades), entre São Paulo e Campinas, passando por Jundiaí. Foi o único a participar dando lance.
A sessão ocorreu nesta quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024, na sede da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), na região central da capital paulista.
O edital estabelecia valor máximo de contraprestação com dinheiro público de R$ 8,06 bilhões (o que o governo pagar à empresa/consórcio) e o de aporte também do Governo do Estado de R$ 8,9 bilhões.
O desconto apresentado foi de 0,01%
O principal critério para o resultado foi o desconto sobre a contraprestação e depois, em caso de empate, sobre o aporte.
O Grupo Comporte, liderado pela família de Constantino de Oliveira, fundador da GOL Linhas Aéreas, é gigante em ônibus. Tem mais de sete mil coletivos, entre urbanos e rodoviários em todo o País.
Na área de trilhos, pela BRT Mobilidade opera o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) na Baixada Santista, no Litoral de São Paulo, e em 22 de dezembro de 2022, arrematou a concessão do Metrô da Grande Belo Horizonte, também sendo a única a participar.
A concessão compreende os serviços de operação, manutenção, melhorias, modernização e expansão do transporte público sobre trilhos, além da implantação do Trem Intermetropolitano (TIM) e melhorias na Linha 7-Rubi. O prazo total da concessão será de 30 anos a partir do início da operação dos novos ramais ou da extensão do serviço comercial da Linha 7.
A concorrência foi iniciada com a entrega das propostas e documentos das empresas interessadas durante sessão pública em 29 de fevereiro. O evento acontecerá na sede da B3, em São Paulo. Após esse prazo, não serão aceitas propostas ou documentos.
A participação é aberta para empresas brasileiras ou estrangeiras, de maneira individual ou reunidas em consórcio. A proposta vencedora será a que oferecer o maior desconto percentual nos tetos de contraprestação financeira máxima ou de aporte máximo, se necessário. O edital estabelece o valor máximo de contraprestação de R$ 8,06 bilhões e o de aporte de R$ 8,9 bilhões.
As propostas e documentos deverão ser apresentados em envelopes distintos. Um com a “Garantia de Proposta”, outro com a “Proposta Comercial”, e o terceiro com os “Documentos de Habilitação”.
Abertura das propostas
Os concorrentes devem propor um único percentual sobre valor da prestação, permitindo variação de 0% a 100%. Se houver duas ou mais ofertas com 100% de desconto na contraprestação, o segundo critério de avaliação será o maior desconto percentual sobre valor de aporte.
A relação entre as propostas será divulgada em ordem decrescente com desconto oferecido pelos interessados.
A fase de lances em viva-voz só será realizada se ao menos duas empresas ofertarem desconto na contraprestação equivalente ou até 20 pontos percentuais que seja menor que o desconto oferecido pela melhor proposta comercial. Ou, ainda, caso haja múltiplas ofertas com 100% de desconto, seguindo assim para o segundo critério.
No caso de empate entre duas ou mais propostas após a fase de lances, um sorteio irá definir o vencedor do certame.
Garantias
A empresa ou consórcio vencedor do leilão terá que prestar garantia da proposta através de uma proposta por meio de contrato futuro no valor mínimo de R$ 134,8 milhões ou 1% do valor estimado no contrato. A validade da garantia será de 180 dias a partir da sessão pública.
Qualificação
A empresa deverá comprovar, através de atestado emitido por órgão fiscalizador, a aptidão para desempenhar a atividade prévia de ao menos 12 meses como gestora de ativo de infraestrutura com investimento a partir de R$ 2,2 bilhões, o que equivale a 15% do valor estimado do TIC Eixo Norte, com receita anual mínima de R$ 300 milhões.
Guilherme Strabelli, para o Diário do Transporte
DETALHES DO TIC – TREM INTERCIDADES:
A promessa é de que o trem beneficie ao menos 730 mil moradores por dia das regiões metropolitanas de São Paulo, Jundiaí e Campinas. O trajeto deve ter 101 km de extensão e o custo de implantação será de R$ 13,5 bilhões aproximadamente, com previsão de conclusão total em 2031.
O projeto contempla as seguintes obras e serviços:
- Trem Expresso (TIC – Trem Intercidades): 101 km de extensão, sendo um sistema de média velocidade (até 140 km/h), partindo da Barra Funda, e chegando em Campinas, com parada em Jundiaí. A tarifa máxima será de R$ 64 para o passageiro. A viagem deve ser feita em uma hora e quatro minutos e as partidas, em média, a cada 15 minutos.
- Trem Intermetropolitano (TIM) ou Parador: 44 km de extensão e ligará Jundiaí e Campinas, com paradas em Louveira, Vinhedo e Valinhos. O teto de tarifa será de R$ 15, entre Jundiaí e Campinas, e de valor menor entre as cidades que ficam no meio do trajeto.
- Concessão da linha 7-Rubi da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos): entre a Barra Funda e Jundiaí, com previsão de R$ 5 bilhões em investimentos para a melhoria dos serviços.
- Separação dos trens de caga dos trens de passageiros entre a Estação Barra Funda, na capital, e Jundiaí: atualmente, a circulação compartilhada afeta tanto o transporte de mercadorias, como de pessoas. As cargas só podem circular fora de horário de pico e não é possível reduzir o vão entre os trens e as plataformas de passageiros porque as composições cargueiras são mais largas.
SERVIÇO:
Audiências públicas
Jundiaí: 8 de fevereiro de 2024, 17h
Escola Estadual Doutor Antenor Soares Gandra, Rua Barão de Jundiaí, 53 – Centro
São Paulo: 15 de fevereiro de 2024, 17h
CEU Pêra-Marmelo – Teatro Plínio Marcos, Rua Pêra Marmelo, 226 – Jardim Santa Lucrécia – Jaraguá
Em nota, o Governo do Estado detalha os projetos:
O TIC Eixo Norte terá 101 km entre São Paulo e Campinas, passando por Jundiaí, atendendo 730 mil pessoas por dia. O projeto vai resgatar a rede de trens que já existiu nestas cidades e desafogar o transporte rodoviário, além de propiciar mais conforto e segurança para os usuários. Todo o conjunto de intervenções vai demandar investimentos de R$13,5 bilhões, oriundos de uma parceria entre o Governo do Estado e a empresa vencedora do leilão, programado para ocorrer no dia 29 de fevereiro. A projeção é que as obras dos três serviços sejam concluídas até 2031.
Detalhamento – As intervenções apresentadas na audiência pública são divididas em três etapas: a Segregação do Transporte de Cargas (SNO) entre a Estação Barra Funda (SP) e Jundiaí; o Trem Intermetropolitano (TIM), ou “trem parador”, e o TIC em si, um trem expresso de média velocidade (até 140 km/h), partindo da Barra Funda.
Atualmente, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) mantém a Linha 7 Rubi, com viagens voltadas para trens de carga durante a manhã e à tarde. A limitação de horários compromete o transporte e sobrecarrega a manutenção do sistema e as intervenções devem iniciar com a construção de uma linha exclusiva para cargas até Jundiaí, paralela à Linha 7, liberando espaço para a construção do TIC. Os ganhos apontados na audiência são a elevação da capacidade de carga e maior número de viagens; a diminuição dos intervalos nos trens para passageiros; a melhoria da segurança do sistema, já que não haverá troca das composições de carga e de passageiros, e a redução do custo de manutenção.
Já o trem Intermetropolitano terá 44 km de extensão e ligará Jundiaí e Campinas, com paradas em Louveira, Vinhedo e Valinhos. O percurso será feito em 33 minutos, velocidade média de 80 km/h, superior aos 56 km/h médios do metrô. Os trens terão capacidade para até 2.048 passageiros cada. A tarifa terá um teto de R$15,00 entre Jundiaí e Campinas, com custo variável para os outros municípios, de acordo com a distância viajada. Além disso, as 17 estações já existentes da Linha 7 da CPTM entre a Barra Funda e Jundiaí também receberão melhorias. A projeção atual é que a linha receba até R$ 5 bilhões em investimentos nos próximos anos. Já o TIC vai integrar as regiões metropolitanas de São Paulo (a partir do Terminal Barra Funda), Jundiaí e de Campinas com viagens de apenas 1h04, com 15 minutos de intervalo entre os trens. A velocidade média será de 95 km/h, podendo chegar a 140 km/h em alguns trechos. Cada trem poderá levar até 860 passageiros e o teto da tarifa foi estipulado em R$ 64,00.
LEILÃO MARCADO PARA 29 DE FEVEREIRO DE 2024
A promessa é de que o trem beneficie ao menos 730 mil moradores por dia das regiões metropolitanas de São Paulo, Jundiaí e Campinas. O trajeto deve ter 101 km de extensão e o custo de implantação será de R$ 13,5 bilhões aproximadamente, com previsão de conclusão total em 2031.
O projeto contempla as seguintes obras e serviços:
- Trem Expresso (TIC – Trem Intercidades): 101 km de extensão, sendo um sistema de média velocidade (até 140 km/h), partindo da Barra Funda, e chegando em Campinas, com parada em Jundiaí. A tarifa máxima será de R$ 64 para o passageiro. A viagem deve ser feita em uma hora e quatro minutos e as partidas, em média, a cada 15 minutos.
- Trem Intermetropolitano (TIM) ou Parador: 44 km de extensão e ligará Jundiaí e Campinas, com paradas em Louveira, Vinhedo e Valinhos. O teto de tarifa será de R$ 15, entre Jundiaí e Campinas, e de valor menor entre as cidades que ficam no meio do trajeto.
- Concessão da linha 7-Rubi da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos): entre a Barra Funda e Jundiaí, com previsão de R$ 5 bilhões em investimentos para a melhoria dos serviços.
- Separação dos trens de caga dos trens de passageiros entre a Estação Barra Funda, na capital, e Jundiaí: atualmente, a circulação compartilhada afeta tanto o transporte de mercadorias, como de pessoas. As cargas só podem circular fora de horário de pico e não é possível reduzir o vão entre os trens e as plataformas de passageiros porque as composições cargueiras são mais largas.
Como noticiou o Diário do Transporte, no último dia 07 de outubro o governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apresentou formalmente o novo edital do Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte, com algumas novidades. Uma delas é que o TIC Eixo Norte, que ligará São Paulo a Campinas, terá 75% do projeto bancado pelo próprio governo paulista.
Anteriormente o valor investido pelo estado seria de R$ 6 bilhões. Tarcísio anunciou que esse valor passou para R$ 6,4 bilhões. Toda a obra terá custo de R$ 13,5 bilhões, com leilão marcado para 29 de fevereiro de 2024.
Uma das novidades do edital é que o Estado garantirá 90% da receita estimada para o funcionamento do serviço expresso. Caso a arrecadação com as tarifas supere em 10% o total previsto, o lucro será igualmente repartido entre o Estado e o operador privado. Esses aprimoramentos vão garantir uma receita mínima para a operação do TIC, além de tornarem o modal mais competitivo e com preço justo para o usuário.
A apresentação aconteceu no Prédio do Relógio do Pátio Ferroviário, em Campinas, contando com a presença do secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, do prefeito de Campinas, Dário Saadi, além de parlamentares estaduais, municipais, entre outras autoridades.
“O Trem Intercidades vai oferecer conforto, velocidade, fomentar a economia local e descomprimir o intenso movimento do sistema Anhanguera-Bandeirantes”, disse Tarcísio de Freitas. “Esse é um importante primeiro passo para outros trechos que pretendemos fazer em diferentes regiões do estado”, destacou o governador.
Vale lembrar que no projeto estão inclusas as obras de ligação por linha férrea da capital paulista à Campinas, o Trem Intermetropolitano (TIM) entre Campinas e Jundiaí e a concessão da Linha 7-Rubi da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Em entrevista ao podcast do Transporte no evento Arena ANTP, no dia 25 de outubro, o vice-governador Felício Ramuth voltou a citar a data do leilão como sendo 29 de fevereiro do ano que vem. (OUÇA AQUI)
Em nota, o Governo do Estado detalha os projetos:
O TIC Eixo Norte terá 101 km entre São Paulo e Campinas, passando por Jundiaí, atendendo 730 mil pessoas por dia. O projeto vai resgatar a rede de trens que já existiu nestas cidades e desafogar o transporte rodoviário, além de propiciar mais conforto e segurança para os usuários. Todo o conjunto de intervenções vai demandar investimentos de R$13,5 bilhões, oriundos de uma parceria entre o Governo do Estado e a empresa vencedora do leilão, programado para ocorrer no dia 29 de fevereiro. A projeção é que as obras dos três serviços sejam concluídas até 2031.
Detalhamento – As intervenções apresentadas na audiência pública são divididas em três etapas: a Segregação do Transporte de Cargas (SNO) entre a Estação Barra Funda (SP) e Jundiaí; o Trem Intermetropolitano (TIM), ou “trem parador”, e o TIC em si, um trem expresso de média velocidade (até 140 km/h), partindo da Barra Funda.
Atualmente, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) mantém a Linha 7 Rubi, com viagens voltadas para trens de carga durante a manhã e à tarde. A limitação de horários compromete o transporte e sobrecarrega a manutenção do sistema e as intervenções devem iniciar com a construção de uma linha exclusiva para cargas até Jundiaí, paralela à Linha 7, liberando espaço para a construção do TIC. Os ganhos apontados na audiência são a elevação da capacidade de carga e maior número de viagens; a diminuição dos intervalos nos trens para passageiros; a melhoria da segurança do sistema, já que não haverá troca das composições de carga e de passageiros, e a redução do custo de manutenção.
Já o trem Intermetropolitano terá 44 km de extensão e ligará Jundiaí e Campinas, com paradas em Louveira, Vinhedo e Valinhos. O percurso será feito em 33 minutos, velocidade média de 80 km/h, superior aos 56 km/h médios do metrô. Os trens terão capacidade para até 2.048 passageiros cada. A tarifa terá um teto de R$15,00 entre Jundiaí e Campinas, com custo variável para os outros municípios, de acordo com a distância viajada. Além disso, as 17 estações já existentes da Linha 7 da CPTM entre a Barra Funda e Jundiaí também receberão melhorias. A projeção atual é que a linha receba até R$ 5 bilhões em investimentos nos próximos anos. Já o TIC vai integrar as regiões metropolitanas de São Paulo (a partir do Terminal Barra Funda), Jundiaí e de Campinas com viagens de apenas 1h04, com 15 minutos de intervalo entre os trens. A velocidade média será de 95 km/h, podendo chegar a 140 km/h em alguns trechos. Cada trem poderá levar até 860 passageiros e o teto da tarifa foi estipulado em R$ 64,00.
Estrutura do TIC:
Com cerca de 100 quilômetros de trajeto, o Trem Intercidades oferecerá um serviço expresso entre a Estação Barra Funda e Campinas, com parada em Jundiaí. A viagem terá duração de 64 minutos, com 15 trens em operação.
A tarifa média anual do serviço expresso será de até R$ 50 (valor estabelecido no edital do TIC). Já o valor máximo da tarifa estabelecida no edital é de R$ 64.
Trem Intermetropolitano (TIM):
Com cinco estações: Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos e Campinas, o Trem Intermetropolitano (TIM), deve operar com sete trens em um percurso de 44 quilômetros, com previsão de deslocamento de 33 minutos.
AS POSSIBILIDADES DE CONCESSÕES OU PRIVATIZAÇÕES:
Metrô:
O governador Tarcísio de Freitas tem afirmado publicamente que tem planos para conceder ao setor privado as Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha do Metrô e o monotrilho da Linha 15-Prata. Com isso, a companhia mudaria seu foco, deixando a operação e passando a assumir o papel de estruturação do sistema e ainda a responsabilidade de elaborar projetos de expansões.
Sobre o monotrilho da linha 15-Prata, na verdade, a ligação já foi leiloada e teve como vencedor o Grupo CCR em 11 de março de 2019, mas por de decisões judiciais, a empresa ainda não pode assumir.
Em dezembro de 2022, uma outra decisão fez com que toda a batalha jurídica voltasse para a primeira instância.
Relembre:
O Grupo CCR detém todas as concessões de linhas de trem em metrô em funcionamento em São Paulo até agora juntamente com a RuasInvest (do Grupo Ruas, que controla operação e fabricação de ônibus): Linha 4-Amarela de metrô (ViaQuatro), Linha 5-Lilás de metrô (ViaMobilidade), Linhas 8 e 9 de trens metropolitanos (ViaMobilidade). A linha 15-Prata de monotrilho está em briga judicial para o Grupo CCR assumir e a linha 17-Ouro de monotrilho faz parte da concessão da linha 5-Lilás de metrô, mas está ainda em construção.
A linha 6-Laranja de Metrô é concedida à LinhaUni, liderada pela espanhola Acciona, mas está em construção ainda.
O monotrilho da linha 18-Bronze foi concedido ao Consórcio VEM ABC, mas não houve cumprimento de prazos e nada saiu do papel. O projeto então foi trocado por um BRT (Bus Rapid Transit) – corredor de ônibus rápidos e elétricos – cujas responsabilidades pela operação e construção são da concessionária NEXT Mobilidade, de capital nacional, sediada em São Bernardo do Campo (SP).
Como mostrou o Diário do Transporte, o Governo do Estado assinou contrato de R$ 62 milhões para IFC – Corporação Financeira Internacional, do Banco Mundial, fazer a modelagem da concessão.
Na edição de 29 de agosto de 2023, o Diário Oficial trouxe um extrato do contrato já assinado com a IFC em 11 de agosto de 2023.
De acordo com a publicação, a assinatura do contrato ocorreu por inexigibilidade de licitação, como previsto na Lei Federal 8666/93.
Com o valor de R$ 62 milhões (R$ 62.523.500,12), e prazo de 48 meses, caberá à IFC os serviços especializados de apoio técnico e consultoria para a estruturação técnico-financeira da concessão de linhas do serviço público de transporte coletivo metroviário. Além disso, a instituição financeira fará a avaliação das estratégias de participação do setor privado para expandir a capacidade de investimento e melhorar a governança do Metrô de São Paulo.
A IFC é a maior instituição global de desenvolvimento dirigida para o setor privado nos mercados emergentes, e participou da modelagem do primeiro projeto de concessão de operação das linhas do sistema ferroviário metropolitano que foi concedido à iniciativa privada.
A entidade assessorou o Governo do Estado de São Paulo na estruturação, promoção e processo de licitação para a concessão das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM, cujo contrato foi assinado em julho de 2021 com o consórcio formado pela CCR SA e RuasInvest.
Este projeto foi garantido com apoio financeiro da PSPInfra, uma parceria criada em 2007 entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a International Finance Corporation (IFC), Esta parceria foi criada, segundo a IFC, “para melhorar a prestação de serviços públicos no Brasil por meio do desenvolvimento de infraestrutura com a participação do setor privado”.
Relembre:
CPTM:
Também há intenção do Governo do Estado de conceder as linhas operadas pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
A linha 7-Rubi deve ser concedida em breve.
Isso porque, a linha 7 foi incluída no projeto do TIC (Trem Intercidades) entre a capital paulista e Campinas, no interior de São Paulo.
O Governo do Estado marcou para o dia 29 de fevereiro de 2024, o leilão para a construção do TIC São Paulo-Campinas e concessão da linha 7.
O Serviço Linha 7-Rubi ligará a Estação Barra Funda a Jundiaí e atenderá às cidades de Caieiras, Franco da Rocha, Francisco Morato, Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista.
Já o Serviço Expresso ligará a cidade de São Paulo (Barra Funda) a Campinas, com parada em Jundiaí.
O Serviço TIM (Trem Inter Metropolitano) ligará Jundiaí a Campinas e atenderá às cidades de Louveira, Vinhedo e Valinhos.
Relembre:
Portanto, na prática, as próximas possíveis concessões na CPTM com a modelagem ainda a ser definidas são da linhas 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade.
A linha 7-Rubi foi incluída no TIC e as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda já estão concedidas.
Como mostrou o Diário do Transporte, no dia 10 de abril de 2023, Tarcísio assinou a autorização para os estudos que de viabilidade da concessão para a iniciativa privada das linhas 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, da CPTM, além da futura linha 14-Ônix.
Relembre:
EMTU e ARTESP – ÔNIBUS:
Na área de transportes sobre pneus, entre o ABC Paulista e a capital, está em construção um BRT (Bus Rapid Transit) – corredores com ônibus elétricos articulados rápidos, sistema escolhido no lugar de um monotrilho que não avançou (linha 18-Bronze). A gestão é da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) e a construção e operação são de responsabilidade da empresa NEXT Mobilidade (ABC Sistema).
Sobre as outras regiões na Grande São Paulo gerenciadas pela EMTU estão sendo realizados estudos para licitar as linhas, algo que deveria ocorrer em 2016. Os contratos assinados em 2006 venceram em 2016 e foram esticados.
O Governo de São Paulo publicou em 29 de dezembro de 2023, a contração da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para auxiliar na elaboração dos estudos e do modelo de concessão dos serviços de ônibus metropolitanos que transportam quase dois milhões de passageiros em regiões como de Guarulhos, Osasco, Embu das Artes, Mogi das Cruzes e Franco da Rocha.
Relembre:
Está pendente ainda outra licitação da área de ônibus: as linhas rodoviárias intermunicipais e suburbanas gerenciadas pela Artesp (Agência de Regulação dos Serviços Delegados de Transportes do Estado de São Paulo) que deveriam ter sido licitadas em 2018.
OUTRAS ÁREAS:
A gestão do Governador Tarcísio de Freitas ainda citou numa nota à impensa em 19 de fevereiro de 2024, concessões de rodovias, do túnel Santos-Guarujá, da Sabesp, da Emae, PPP para escolas e das loterias paulistas.
Além do Trem Intercidades, o Governo de São Paulo tem outros 12 projetos para leilão em 2024. No segmento de mobilidade urbana, por exemplo, está prevista a concessão das Linhas 11, 12 e 13 da CPTM.
Na área de rodovias, o lote do Litoral Paulista vai a leilão no dia 16 de abril. O Estado também fará a licitação do túnel imerso Santos-Guarujá, que terá a parceria do Governo Federal, e dos lotes rodoviários Nova Raposo, Rota Sorocabana e Lote Paranapanema.
A lista inclui ainda as desestatizações da Sabesp, que já está em fase de consulta pública, e da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae). No eixo social, o Governo de São Paulo vai propor uma PPP para construção, manutenção dos prédios e operação de serviços não pedagógicos de 33 novas escolas.
A concessão de serviços lotéricos estaduais é outro empreendimento previsto para 2024, como nova fonte de recursos para financiamento de políticas públicas. O Estado também vai leiloar a concessão da construção de moradias na região central da capital – o projeto prevê mais de 5,5 mil moradias nos três primeiros anos.
DECLARAÇÕES DE TARCÍSIO:
O Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse no dia 30 de agosto de 2023, que estima conceder as linhas estatais do Metrô de São Paulo para a iniciativa privada ao longo de 2025.
A declaração foi dada em uma agenda pública pela manhã em Guarulhos, na Grande São Paulo.
De acordo com Tarcísio, os estudos mais aprofundados para definir se será um modelo de concessão ou privatização vão avançar ao longo de 2024.
“Com relação a modelagem do metrô, está começando agora. Vamos analisar a empresa e qual é o melhor modelo para que a gente possa aumentar investimento, reduzir custos, melhorar a situação financeira, se é concessão, se a privatização, que vai ser o formato do Metrô dali pra frente, então nós vamos estudar isso com muito cuidado, com muita responsabilidade. A ideia é que esse estudo aconteça ao longo do ano que vem e qualquer coisa em termos de leilão deve ocorrer em 2025” – afirmou na entrevista coletiva.
No dia 06 de agosto de 2023, em entrega do primeiro trem zero quilômetro da ViaMobilidade para as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, nesta quinta-feira, 08 de junho de 2023, Tarcísio foi questionado se as concessões previstas na área de trilhos vão significar o fim do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
O governador disse que haverá uma “revocação” das duas empresas.
Tarcísio afirmou que o Estado analisa qual será o novo papel do Metrô, que deve se restringir a atuar em planejamento, empreendimentos e gestão.
Atualmente, a Companhia do Metrô de São Paulo opera as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha de metrô e a linha 15-Prata de monotrilho.
Tarcísio disse que os servidores tanto do Metrô como da CPTM serão reaproveitados.
“Isso às vezes vai representar a revocação destas empresas. Então, por exemplo, a gente está vendo qual vai ser o novo papel do Metrô no sentido de fazer gestão, empreendimentos, projetos. É um redirecionamento, revocação …. Sim, os servidores serão reaproveitados” – disse.
Relembre:
No dia 31 de janeiro de 2024, durante uma agenda pública, o secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, disse que em maio de 2024, o Governo de São Paulo pretende lançar uma consulta pública para conceder à iniciativa privada as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Segundo Benini, com a concessão, as três linhas terão trajetos prolongados,
“Em maio, a gente ter deve a audiência pública da PPP da linha 11, 12 e 13. E daí, a gente está falando estender a linha 12 até Suzano, estender a linha 11 até César de Castro, em Mogi das Cruzes, estender a linha 13 até Bonsucesso. A gente está falando de muitos projetos para São Paulo”, afirmou Benini.