Exército conclui que não houve crime de militares no 8/1

O Exército Brasileiro informou, nesta sexta-feira (5), que as sindicâncias internas realizadas sobre os atos de 8 de janeiro concluíram que não houve indícios de crime nos casos investigados.

Também afirmou que, após a apuração, duas punições disciplinares foram dadas aos militares envolvidos. As punições ocorreram por transgressões disciplinares na conduta e procedimentos adotados durante a ação no Palácio do Planalto.

O Exército disse ainda que instaurou quatro inquéritos policiais militares e outros quatro processos administrativos para apurar crimes ou desvios de condutas de militares. Concluídos os inquéritos, foram encaminhados à Justiça militar, que condenou, até o momento, um coronel da reserva do Exército.

MARINHA
A Marinha informou que instaurou procedimentos administrativos contra três militares: sendo um oficial reformado, após registro fotográfico em frente ao Congresso; um praça reformado, que tinha sido preso pela Polícia Militar do Distrito Federal, mas que a Justiça militar arquivou a denúncia; e uma praça da reserva, presa também pela PM, e que responde em liberdade provisória como ré em ação no Supremo Tribunal Federal (STF).

O Exército destacou seu compromisso com a legalidade e transparência na prestação de informação à sociedade e no combate à desinformação.

A Marinha afirmou que pauta sua conduta pela fiel observância da legislação, valores éticos e transparência.

Procurada, a Força Aérea não respondeu sobre o assunto até o fechamento desta reportagem.

Bares e restaurantes preveem perda de milhares de empregos após governo Lula revogar incentivo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou a revogação do Programa de Retomada do Setor de Eventos (Perse), que era um incentivo financeiro principalmente para o setor de bares e restaurantes. Por conta disso, cerca de 500 bares podem fechar e 2 mil pessoas podem ficar sem emprego.

A informação é do presidente do Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Espírito Santo (Sindbares), Rodrigo Vervloet. De acordo com ele, a situação do setor sem o Perse é devastadora.

“Esse é um benefício que veio para tentar compensar o impacto da pandemia no setor. Bares e restaurantes já fizeram seus planejamentos de acordo com essa legislação, que de uma hora para outra, deixa de existir”, lamentou.

Ainda segundo Vervloet, somente no Espírito Santo cerca de 500 bares e restaurantes, além de 2 mil profissionais podem ser afetados diretamente com o corte do benefício.

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O setor de turismo no Estado também pode ser afetado com a decisão do governo federal. “Para o turismo também será horrível. O pessoal de eventos está vivendo desse benefício, que pegou todo mundo de surpresa, no apagar das luzes de 2023. Esperamos que seja revertido”.

Já o vice-presidente do Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Espírito Santo (Sindbares), Fabiano José Ongaratto, explicou que o dinheiro do benefício era usado pelos estabelecimentos justamente para pagar dívidas.

“Foi na pandemia que o setor mais se endividou. Foi com o Perse que os estabelecimentos conseguiram pagar as dívidas, e agora com essa situação cortada vai ficar complicado”, disse.

Ongaratto aponta que o índice de inadimplência também pode aumentar de forma exponencial por conta do corte do benefício.

“O setor vem se recuperando nos últimos tempos após a pandemia, mas ainda existe perigo, principalmente da inadimplência. Caso os estabelecimentos não cheguem a falir, é possível que os donos alcancem a inadimplência”, finalizou.

Representantes do setor devem ter audiência com Haddad para tentar reverter o corte do benefício da categoria. A expectativa é de que o governo decida recuar da decisão anunciada.

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