Campinas tem o 3º melhor índice de limpeza urbana no País
Campinas tem o 3º melhor índice de limpeza urbana do País. O município se destaca entre as cidade mais bem pontuadas com população acima de 250 mil habitantes no Brasil, segundo classificação do Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana (Islu). Em primeiro e segundo lugares estão Florianópolis, com 537 mil habitantes, e Blumenau, com 361 mil. O estudo avaliou 3.947 municípios.
O anúncio foi feito na noite desta segunda-feira, 11 de dezembro, em São Paulo, no Museu da Casa Brasileira, e a premiação foi entregue ao prefeito Dário Saadi.
“Estou aqui em São Paulo para um receber um prêmio muito legal pra Campinas. Somos a terceira cidade que tem o melhor índice de sustentabilidade da limpeza urbana no País e isso é muito bom para o meio ambiente. Agradecimentos à Abrema, Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente, que reúne o setor de resíduos sólidos no Brasil e reconheceu o trabalho da nossa cidade com esse prêmio. Parabéns, Campinas, por mais um prêmio relacionado à preservação do meio ambiente”, disse Dário.
O Islu é uma ferramenta que mede o grau de adesão dos municípios brasileiros às diretrizes e metas da Lei Federal 12.305/10 da Política de Resíduos Sólidos (PNRS).
Entre os critérios avaliados pelo ISLU estão a universalização da coleta regular de resíduos sólidos, a recuperação de parte dos resíduos via reciclagem e a destinação ambientalmente adequada para aterro sanitário, entre outros.
O Islu adota um único número, que varia entre 0 (baixo desenvolvimento) e 1 (elevado desenvolvimento), sendo que, quanto mais próximo de 1, melhor a aderência ao PNRS. Campinas recebeu nota 0,741. Blumenau 0,748 e Florianópolis 0,757.
Campinas coleta 1.300 toneladas por dia de resíduos orgânicos em 100% do seu território, inclusive na área rural. Desse total, 400 toneladas são coletadas em contêineres. Isso significa que população pode dispor os resíduos durante 24 horas por dia em caixas coletoras próximas às suas residências. A cidade conta com 6 mil contêineres e mais 3 mil serão instalados em 2024, somando 9 mil. Até 2030, a coleta de toda a cidade será 100% neste modelo.
Além disso, o município recicla 6% do lixo gerado. A média brasileira é de 2%. Isso significa que Campinas está 200% acima da média do País. Este resultado se deve a um programa contratado de cooperativas que coletam e reaproveitam o material.
Outro motivo da classificação de Campinas é a Usina Verde que transforma, por dia, 100 toneladas de lodo de tratamento de esgoto e galharias em adubo orgânico. Este é um material que deixa de ser enviado para o aterro, portanto não produz gás metano, que é o grande vilão do aquecimento global. É a chamada “economia verde”.
Para o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paullela, a classificação de Campinas no Islu é um reconhecimento do trabalho e gestão da cidade no gerenciamento de resíduos.
“Os avanços foram muitos. Evoluímos para o contêiner. Mas ainda temos muitos desafios. Um dos principais é separar o resíduo orgânico do resíduo seco, reciclá-los e transformá-los. Mas o grande desafio no gerenciamento de resíduos é não gerar lixo: o lixo zero, que é um objetivo a ser seguido. Consumir apenas o que é necessário, para acabar com o residual. Esta é uma meta que temos para futuras gerações”, disse Paulella.
O Islu é fruto da cooperação técnica entre a PricewaterhouseCoopers (PwC) e a Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema). As informações do Islu são públicas e podem ser conferidas no site da Abrema https://www.abrema.org.br/.