O ex-juiz federal e candidato ao Senado pelo Paraná, Sergio Moro (União Brasil), indicou na quinta-feira (18) que pode dar seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) na busca pela reeleição.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o ex-chefe da Lava Jato garantiu que “jamais” ficará ao lado do PT. Segundo ele, a força-tarefa de Curitiba “desmontou” o esquema de corrupção envolvendo a legenda.
“Jamais [apoiarei Lula]. Isso é impossível. Eu decretei a prisão do Lula, eu desmontei o esquema de corrupção do PT, junto com as empreiteiras, com a Odebrecht. A Odebrecht tinha um departamento de propina, e um dos principais clientes eram políticos do Partido dos Trabalhadores. Jamais estarei ao lado do PT e do Lula. Você pode escrever na pedra”, declarou.
Logo em seguida, ao falar sobre o atual presidente da República, Sergio Moro disse: “Em relação ao Bolsonaro, uma coisa eu posso dizer: nós temos o mesmo adversário”, acrescentou, sem dar mais detalhes.
Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Moro deixou o governo federal em 2020 após discordâncias sobre indicações a chefias de cargos na Polícia Federal (PF). Na ocasião, acusou o mandatário de tentar interferir na corporação. Depois, a organização enviou um relatório ao STF e disse não ter identificado indícios de crime.
Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, foi julgado em três instâncias e condenado pelos crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Apesar disso, suas reprimendas foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sob argumentação de que a Justiça Federal em Curitiba não poderia julgá-lo, e sim Justiça Federal no Distrito Federal.